quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

fim de semana de kolombolo

Nesta sexta-feira, dia 29, o Kolombolo se apresenta na Choperia do Sesc Pompéia. O show é parte do projeto Comunas do Samba, iniciativa do Sesc que homenageia as comunidades de samba na cidade, fundamentais para a preservação e propagação do ritmo. A apresentação contará com a presença de Thobias da Vai Vai, Ideval Anselmo, Zelão, Zé Maria do Peruche, Toinho Melodia.



Já no domingo, está de volta a Praça do Samba! A roda conta com a apresentação de sambas paulistas já consagrados e sambas dos compositores do Kolombolo - organizador da Praça. O evento é mensal e reúne, além da música boa, as Tias Baianas Paulistas com uma disputada e caprichada feijoada. Neste domingo a roda contará também com a presença de Marco Mattolo, Edu Salmado (Clube do Balanço) e Chapinha (Samba da Vela).

A feijoada é vendida a partir das 14h e o samba começa logo em seguida, às 15h. A praça fica na rua Belmiro Braga, s/n. (é uma travessa da cardeal arco verde e da inacio pereira da rocha)
Quem quiser ter um gostinho, segue o link:
www.youtube.com/kolombolosp
mais informações: http://www.kolombolo.org.br/

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Adoniran Barbosa

Este ano comemoramos o centenário do ícone do samba paulista Adoniran Barbosa. Em matéria publicada hoje, na Ilustrada, a Folha de S. Paulo revela um dos projetos em comemoração ao aniversário do sambista paulistano, autor das conhecidas "Saudosa Maloca" e "Trem das Onze".


Adoniran Barbosa tem obra revista em comemoração a centenário
MARCUS PRETOda Folha de S.Paulo

"Com a corda mi do meu cavaquinho fiz uma aliança pra ela, prova de carinho." Adoniran Barbosa (1910-1982), um dos ícones máximos do samba paulista e coautor (com Hervê Cordovil) de "Prova de Carinho", usou mesmo uma corda do instrumento para improvisar aliança à mulher, Matilde.
O mimo faz parte do volumoso acervo do artista, que entra agora em fase de catalogação e deve se tornar, até o próximo ano, a Casa Adoniran. O material estava, até agora, sob os cuidados do MIS, mas foi reavido pela família do autor.
"Não vou dizer que estava sendo maltratado [no MIS], mas abandonado, fechado", diz Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, 72, filha e herdeira de Adoniran.
Em fase inicial de concepção, o museu não deve estar pronto a tempo de fazer parte das comemorações do centenário de Adoniran, que acontecem a partir deste mês.
Estão no pacote centenas de fotos históricas, contratos com emissoras de rádio, roupas, brinquedos que fazia com material reciclado e até a carteirinha de sócio do Corinthians.
"Há também centenas de scripts originais dos programas de rádio que ele fez desde a década de 30", diz Celso Campos Jr., autor de "Adoniran - Uma Biografia", que está sendo relançada. "Matilde era muito fã desses programas e pedia que ele levasse tudo para casa."
A vida de Adoniran também deve ser mote de documentário, com direção de Vange Milliet e Aline Safahara, e de musical no teatro, projeto comandado por Rubens Ewald Filho.
Apesar de ser reconhecido hoje apenas pela faceta musical, genitora de clássicos como "Saudosa Maloca" e "Trem das Onze", foi como ator --em rádio ou cinema-- que Adoniran viveu o apogeu popular.
Zuza Homem de Mello trabalhou com Adoniran na Rádio Record e diz que, naquele período, ele era "um astro". "Era o bambã da história, de uma versatilidade impressionante", conta. "Quando os programas eram feitos, eu recebia os scripts. E via a maneira impressionante como aquilo ganhava vida na voz dele."
A Record ficava no Centro, para onde convergiam todas as expressões criativas vindas da periferia. Andando por ali, Adoniran desenvolveu uma percepção do linguajar do paulistano mais popular. Despejava tudo nos personagens do rádio e, mais tarde, na música.
"Ele é o rap, o hip-hop. Justamente por causa dessa linguagem de rua", diz Mart'nália, que participa do CD-tributo a Adoniran, a ser lançado pela Lua Music. "Ele inventou o samba da feira, que vai falando. É música de falar papo reto."
Foi Elis Regina quem apresentou Adoniran a Rita Lee, que lembra: "Ele tinha aquele sotaque delicioso do Bexiga, fumava pra caramba, virava a cabeça quando um par de pernas femininas passava, mas não por cafajestice. Tive a impressão de que não sabia quem eu era, deve ter pensado que eu fosse uma amiga gringa da Elis que conhecia várias músicas dele."
Beth Carvalho gosta de jogar luz sobre a verve política do autor, exercitada em sambas como "Despejo na Favela" e quase sempre lançada a segundo plano. "Por ser um ritmo exuberante, ninguém percebe a tristeza das letras. O samba em geral é assim. O do Adoniran, mais ainda", diz a cantora.
É essa linha fina entre humor e tragédia que torna os sambas de Adoniran, segundo Cristina Buarque, tão difíceis de ser interpretados. "A coisa é engraçada e é triste, não pode exagerar nem para um lado nem para o outro", diz. "É barraco que despenca, é gente despejada. Mas é tudo muito atual. O mundo continua igualzinho, reparou?"

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Janeiro tem samba

Salve, salve.

Depois do período de festas a cidade de Sâo Paulo será presenteada com um mês especial repleto de shows. É o projeto
Comuna do Samba.

Os SESCS Pompéia, Ipiranga, Consolação, Santo André vão receber algumas das inúmeras comunidades da cidade, que tiveram papel fundamental para a preservação do samba na última década.

Para quem quiser curtir esse final de semana, seguem as dicas:


Projeto Samba Autêntico – part. Virgínia Rosa

SESC Pompeia - Dia(s) 08/01-Sexta, 21h.

Tias Baianas Paulistas - part. D. Inah e Kolombolo

SESC Pompeia - Dia(s) 09/01- Sábado, 21h.

Tereza Gama

SESC Consolação - Dia(s) 09/01 Sábado, às 16h30.

Samba Passado de Glória

SESC Santo André - Dia(s) 10/01 Domingo, às 16h.

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mais informações - www.sescsp.org.br