Na busca por entender um pouco sobre a história, as origens e o desenvolvimento do samba paulista, lemos artigos e mais artigos e também bons livros, que encontramos no mercado editorial, já que esse se apresenta bastante escasso quando o assunto é samba na cidade de São Paulo.
Um dos artigos que lemos chama-se “O Samba Paulista e Suas Histórias”, desenvolvido pela pesquisadora do Centro de Memória / Unicamp, Olga R. de Moraes von Simson. No texto Olga discorre toda a trajetória do samba paulista com letras de música exemplificando os principais marcos. Porém, o que nos chamou bastante a atenção, já que isso também será trabalhado em um dos capítulos do livro, é a importância dos trabalhos realizados pelas comunidades do samba na terra da garoa.
“Eles realizam um trabalho importante de formação de público, tornando jovens, adultos e idosos que participam de rodas de samba, pessoas conscientes, atuantes e crtíticas em relação à produção sambística atual. São pessoas, que embora passando a valorizar a ancestralidade e a tradição, apreciam também os novos sambas que, com raízes fincadas no passado, falam de temas da contemporaneidade. (...) Assim, ligando o passado ao presente, eles nos mostram a força das nossas origens, a beleza da nossa memória comum e as possibilidades de sambar com alma, com prazer, mas também com consciência.”
Temos notado claramente esse trabalho por parte das comunidades e a preocupação que elas têm em manter a tradição ou pelo menos a história do samba paulista, muitas vezes admirável. Ontem, uma frase fez bastante sentido em relação ao que notamos aqui e o pouco que pudemos observar no Rio de Janeiro. “Aqui (em São Paulo) o samba tem evoluido bastante com o trabalho das comunidades, já no Rio eu acho que a coisa é mais bairrista, não tem esse espaço”, comentou Bruno Esteves, mais conhecido como Minduim e um dos integrantes do grupo Samba de União.
Pelas nossas andanças em alguns sambas e também comunidades notamos que tem sim muita gente boa chegando no samba paulista, de diferentes formas, alguns com a pegada mais carioca. Essa influência é inevitável e positiva quando bem aproveitada, mas a grande maioria demonstra consciência em relação ao papel do samba na sociedade, que como Olga mesmo denomina - caráter integrador. Uma filosofia de vida.
O próprio símbolo utilizado pelo grupo Samba de União comprova essa integração, a união entre as partes. Podemos até viajar um pouco mais e pensar que essa integração vai além das festividades e dos batuques atuais. Ela começou com a migração dos negros para a capital paulista, que enfrentaram resistência da elite que não aceitava influências culturais de migrantes, muitas vezes negros e com condições sociais financeiras mais delicadas.
O samba acontecia então em curtiços e terreiros, já que as rodas eram proibidas e mal vistas pela maioria da sociedade por representarem a figura do malandro, do homem que não fazia nada, apenas farreava na noite. Apesar da predominância de descendentes de negros, o samba já acolhia brancos e caboclos - como Germano Mathias, por exemplo, em redutos como Bexiga, a Barra Funda, o Brás e o Largo da Bananeira.
Um dos artigos que lemos chama-se “O Samba Paulista e Suas Histórias”, desenvolvido pela pesquisadora do Centro de Memória / Unicamp, Olga R. de Moraes von Simson. No texto Olga discorre toda a trajetória do samba paulista com letras de música exemplificando os principais marcos. Porém, o que nos chamou bastante a atenção, já que isso também será trabalhado em um dos capítulos do livro, é a importância dos trabalhos realizados pelas comunidades do samba na terra da garoa.
“Eles realizam um trabalho importante de formação de público, tornando jovens, adultos e idosos que participam de rodas de samba, pessoas conscientes, atuantes e crtíticas em relação à produção sambística atual. São pessoas, que embora passando a valorizar a ancestralidade e a tradição, apreciam também os novos sambas que, com raízes fincadas no passado, falam de temas da contemporaneidade. (...) Assim, ligando o passado ao presente, eles nos mostram a força das nossas origens, a beleza da nossa memória comum e as possibilidades de sambar com alma, com prazer, mas também com consciência.”
Temos notado claramente esse trabalho por parte das comunidades e a preocupação que elas têm em manter a tradição ou pelo menos a história do samba paulista, muitas vezes admirável. Ontem, uma frase fez bastante sentido em relação ao que notamos aqui e o pouco que pudemos observar no Rio de Janeiro. “Aqui (em São Paulo) o samba tem evoluido bastante com o trabalho das comunidades, já no Rio eu acho que a coisa é mais bairrista, não tem esse espaço”, comentou Bruno Esteves, mais conhecido como Minduim e um dos integrantes do grupo Samba de União.
Pelas nossas andanças em alguns sambas e também comunidades notamos que tem sim muita gente boa chegando no samba paulista, de diferentes formas, alguns com a pegada mais carioca. Essa influência é inevitável e positiva quando bem aproveitada, mas a grande maioria demonstra consciência em relação ao papel do samba na sociedade, que como Olga mesmo denomina - caráter integrador. Uma filosofia de vida.
O próprio símbolo utilizado pelo grupo Samba de União comprova essa integração, a união entre as partes. Podemos até viajar um pouco mais e pensar que essa integração vai além das festividades e dos batuques atuais. Ela começou com a migração dos negros para a capital paulista, que enfrentaram resistência da elite que não aceitava influências culturais de migrantes, muitas vezes negros e com condições sociais financeiras mais delicadas.
O samba acontecia então em curtiços e terreiros, já que as rodas eram proibidas e mal vistas pela maioria da sociedade por representarem a figura do malandro, do homem que não fazia nada, apenas farreava na noite. Apesar da predominância de descendentes de negros, o samba já acolhia brancos e caboclos - como Germano Mathias, por exemplo, em redutos como Bexiga, a Barra Funda, o Brás e o Largo da Bananeira.
Ola Boa Noite!
ResponderExcluirMto bom o texto!
Comentando desde o principio do samba ate hj!
E a grande rivalidade entre rio e sp!
abracos!
Muito bom o blog, assim como a grupo.... é isso ai, vamos preservar as raízes do samba aqui em São Paulo
ResponderExcluirFelipe
ResponderExcluirtexto muito bem elaborado que mostra a evoluçao do samba brasileiro em especial o de Sp, que cultiva suas raizez ate hj em dia, e isso é mostrado com novos grupos que se preocupam em manter essa tradiçao.
Samba eternamente!
Muito bom o blog!
ResponderExcluirSem dúvidas as raízes do samba são bem preservadas!
O grupo Samba de União mostra isso, sem palavras!
Já são um sucesso!
Abs,
Queria parabeniza-los pela matéria. Nos dias de hoje com a invasão do pagode e outros ritmos é sempre bom saber que existem pessoas e comunidades com o Samba em sua história e raiz.
ResponderExcluirConheço o grupo comentádo na matéria(Samba de União) e além de ser um otimo exemplo e musica brasileira, traduz realmente a cultura e valor que os sambistas de raiz possuem.
Musica e valores são coisas que não deveriam se perder com o tempo, obrigada pela matéria que nos faz lembrar de pessoas que nos recorda que isso ainda existe.
Abraços
Natasha
Queria primeiramente parabenizar o Blog, que esta de primeira qualidade, e também queria comentar sobre o Grupo Samba De União. Quem conhece sabe a batalha que eles fazem para levantar a bandeira do Samba!
ResponderExcluirParabens ao Blog e Parabens ao Samba De União
Ramon.
Legal é preciso divulgar o samba
ResponderExcluirEsteves grande sambista
Klaus
Gostei mto do blog .. bem interessante
ResponderExcluirparabenss ao Samba de União
Ótimo texto, muito bem elaborado, simples e com informações claras... sou suspeita pra falar do Samba de União, COM CERTEZA o melhor grupo que eu já vi, e cada dia melhoor, parabéns meninos, vcs merecem!
ResponderExcluir'DedE ...
Marcela: Muito bom o Blog!!! Através do Samba podemos matar um pouco a saudade, pois ele atravessa Fronteiras, contagiando muitos Brasileiros que estão fora do seu pais!!! E esses meninos ( Samba de União) representam muito Bem!! e eu daqui dos Estados Unidos acompanho o trabalho desses Grupo...
ResponderExcluirAeeee muito legal o blog, a matéria e eu adoro o grupo ....boa sorte e parabéns meninos do Samba de União....beijosss
ResponderExcluira Marcela aqui em cima disse tudo, e eu tbm aqui dos Estados Unidos posso acompanhar de longe esses meninos que valem ouro e toda essa trajetoria
ResponderExcluirMuito muito legal o documentario...PARABENS!!!!