domingo, 27 de setembro de 2009
aprendendo samba paulista
à primeira vista parece apenas um monte de instrumentos misturados e tocados aleatoriamente. à segunda, terceira, e depois é um universo que nos revela grande valor histórico e tradição.
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o projeto inicial do nosso livro-reportagem era contar a história do samba paulista, pela falta de material documento no mercado. aí, pesquisamos, pesquisamos e pesquisamos, e vimos que se quase nada tinha do samba de sp, menos ainda tinha das mulheres. mudamos o tema, mas o interesse pela historia do nosso samba já tinha sido despertado...
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Ficamos intrigadas com a frase "São Paulo é o túmulo do samba", proferida pelo poeta Vinícius de Morais. Depois, indignadas, porque aqui se faz samba sim. E dos bons.
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marcha sambada, samba rural, pirapora, jongo, umbigada, candomblé, mistura de povos. palavras-chave da batucada paulistana. No especial de carnaval do UOL, Marcelo Tás entrevistou um dos grandes ícones do ritmo na capital: Osvaldinho da Cuíca. Uma aula de samba.
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Vale a pena assistir, ouvir como era a marcha, qual a diferença do batuque carioca e o de sp, e a incrível "parceria" de Osvaldinho com a banda Sambô, tocando Led Zepellin em ritmo de samba.
E concordar com o mestre batuqueiro "São Paulo não é o túmulo, e sim o cúmulo do samba".
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viva o samba paulista!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Caráter Integrador
Um dos artigos que lemos chama-se “O Samba Paulista e Suas Histórias”, desenvolvido pela pesquisadora do Centro de Memória / Unicamp, Olga R. de Moraes von Simson. No texto Olga discorre toda a trajetória do samba paulista com letras de música exemplificando os principais marcos. Porém, o que nos chamou bastante a atenção, já que isso também será trabalhado em um dos capítulos do livro, é a importância dos trabalhos realizados pelas comunidades do samba na terra da garoa.
“Eles realizam um trabalho importante de formação de público, tornando jovens, adultos e idosos que participam de rodas de samba, pessoas conscientes, atuantes e crtíticas em relação à produção sambística atual. São pessoas, que embora passando a valorizar a ancestralidade e a tradição, apreciam também os novos sambas que, com raízes fincadas no passado, falam de temas da contemporaneidade. (...) Assim, ligando o passado ao presente, eles nos mostram a força das nossas origens, a beleza da nossa memória comum e as possibilidades de sambar com alma, com prazer, mas também com consciência.”
Temos notado claramente esse trabalho por parte das comunidades e a preocupação que elas têm em manter a tradição ou pelo menos a história do samba paulista, muitas vezes admirável. Ontem, uma frase fez bastante sentido em relação ao que notamos aqui e o pouco que pudemos observar no Rio de Janeiro. “Aqui (em São Paulo) o samba tem evoluido bastante com o trabalho das comunidades, já no Rio eu acho que a coisa é mais bairrista, não tem esse espaço”, comentou Bruno Esteves, mais conhecido como Minduim e um dos integrantes do grupo Samba de União.
Pelas nossas andanças em alguns sambas e também comunidades notamos que tem sim muita gente boa chegando no samba paulista, de diferentes formas, alguns com a pegada mais carioca. Essa influência é inevitável e positiva quando bem aproveitada, mas a grande maioria demonstra consciência em relação ao papel do samba na sociedade, que como Olga mesmo denomina - caráter integrador. Uma filosofia de vida.
O próprio símbolo utilizado pelo grupo Samba de União comprova essa integração, a união entre as partes. Podemos até viajar um pouco mais e pensar que essa integração vai além das festividades e dos batuques atuais. Ela começou com a migração dos negros para a capital paulista, que enfrentaram resistência da elite que não aceitava influências culturais de migrantes, muitas vezes negros e com condições sociais financeiras mais delicadas.
O samba acontecia então em curtiços e terreiros, já que as rodas eram proibidas e mal vistas pela maioria da sociedade por representarem a figura do malandro, do homem que não fazia nada, apenas farreava na noite. Apesar da predominância de descendentes de negros, o samba já acolhia brancos e caboclos - como Germano Mathias, por exemplo, em redutos como Bexiga, a Barra Funda, o Brás e o Largo da Bananeira.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Kolombolo - Renato Dias
Renato, como o próprio texto disponível no seu site diz, traz na sua trajetória a forte influência do samba inspirado nas batucadas das giras de Candomblé, sua religião presente nas guias usadas no pescoço e nas descrições da presença no samba paulista com a chegada dos escravos no interior e na capital.
Conhecedor da história do samba paulista, Renato se mostra, além de observador e ávido por novos projetos – o que o objetivou a fundar com os seus parceiros o Kolombolo – a sua vontade por mostrar ao público o samba desenvolvido aqui.
O que nos estimulou a procurar o sambista foi a nossa surpresa após comparecer no encontro realizado pelo Kolombolo, no último final de semana do mês de agosto, na Praça do Samba. Quantas mulheres dentro de uma única roda! Durante esse nosso projeto pudemos comparecer em algumas rodas e infelizmente a presença feminina ainda se mostra pequena e sem voz perante a maioria masculina. Porém, no Kolombolo notamos que a mulherada está sim presente e o melhor: de todas as formas, compondo, tocando, cantando...
A entrevista com o Renato durou cerca de 1h30, dentre inúmeras perguntas, risadas, compartilhamento de ideias, o questionamos sobre o preconceito contra as mulheres nas rodas e contamos sobre a nossa admiração ao ver que lá esse quadro já era bem diferente. Renato nos disse que já houve muito machismo no samba, que hoje sente isso muito mais leve, mas que nota ainda um preconceito contra as mulheres que tocam, “alguns ainda teimam em achar que elas não vão aguentar o tranco, que vão querer parar no meio da roda, mas aqui no Kolombolo é diferente, tem mulheres que tocam muito melhor que os homens e não priorizamos o sexo e sim a capacidade ou mesmo a vontade da pessoa em aprender e desenvolver um trabalho bacana”, afirma o sambista.
Para os que quiserem acompanhar um dos encontros realizados pelo Kolombolo, no dia 27 de setembro, próximo domingo, a partir das 15h, na Praça do Samba – Rua: Belmiro Braga, s/n, Pinheiros.
Segue também uma matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, no dia 9 de setembro, sobre o trabalho “Projeto Memória do Samba Paulista”, desenvolvido pelo Kolombolo.
As diversas batucadas feitas na terra da garoa
Projeto Memória do Samba Paulista lança primeira leva de 12 CDs que registram as obras de Toniquinho Batuqueiro, das velhas guardas e de outros compositores
Francisco Quinteiro Pires
Nos anos 1940, quando Carlos Alberto Caetano e outros moradores da zona norte queriam sambar, tinham de atravessar o Centro para participar dos desfiles de escolas como Lavapés e Campos Elísios. Insatisfeito com a diretoria da Lavapés, Carlos fundou a Unidos do Peruche, em 1955. Nas décadas seguintes, ele se tornaria o Carlão do Peruche, um dos sambistas mais importantes de São Paulo.
Ouça trecho de TristezaDe outra insatisfação nasceu, em 2002, o Kolombolo, entidade sem fins lucrativos que se propõe a divulgar a batucada paulista. Em parceria com a ONG Sambatá, que explora a ascendência africana na cultura nacional, Kolombolo criou o Memória do Samba Paulista, série de 12 CDs, distribuídos pela Tratore, com as composições de sambistas paulistas e das velhas guardas. A direção artística é de Guga Stroeter. A produção, de Renato Dias e T. Kaçula. Segundo Renato, compositor e um dos fundadores da Kolombolo, as características do samba paulista são percebidas na interpretação e na linha melódica das obras gravadas. A instrumentação dos CDs adota o padrão carioca, difundido pelo Brasil. A formação mais comum é de violões 6 e 7 cordas, cavaco, tantã, cuíca, pandeiro e surdo, apesar do emprego, aqui e ali, da viola, do trompete, do pífano ou do violoncelo. "O samba de São Paulo é mais carregado, triste, e menos festivo", diz Renato. "É duro, com o pé arrastado no chão, herança indígena, do jeito de dançar dos tupis." E relembra o amálgama entre as matrizes africana, europeia e indígena que resultou na batucada da terra da garoa. Para ele, o projeto abala "a dificuldade de São Paulo assumir a sua cultura, em vez de ser apenas um consumidor das produções culturais de outros Estados". "Queremos fazer divulgação, não estamos a fim de discutir qual samba no Brasil é o melhor", ele alerta.Já foram lançados quatro dos 12 discos. Um deles é o da Velha Guarda do Peruche, com 13 sambas e uma faixa que traz declarações de Carlão do Peruche e Décio Ferreira. Os intérpretes, entre eles Carlão e Denise Camargo, se revezam em composições antigas e criadas para o projeto, como Repicar dos Tamborins (Carlão), Filial de Samba (Geraldo Filme/Narciso Lobo) e Caqui, Celeiro de Bambas (T. Kaçula/Renato Dias).Toniquinho Batuqueiro é o primeiro disco-solo, com 14 faixas, deste compositor nascido em Piracicaba, em 1929. Ele havia gravado algumas obras, junto com Geraldo Filme e Zeca da Casa Verde, em Plínio Marcos em Prosa e Samba - Nas Quebradas do Mundaréu (1974), disco fora de catálogo. A presença da viola no CD de Toniquinho realça as origens rurais da batucada paulista. "E na voz ele carrega a tradição dos cururuzeiros e tambozeiros, foi com eles que aprendeu a gingar e a versar", diz Renato. Toniquinho, cego há 10 anos, gravou composições novas, como Kolombolo, parceria com Renato e T. Kaçula, e Bolo de Fubá, da mesma dupla, além de antigas, como Ditado Antigo, Tristeza, Saco Vazio (com Zeca), e sambas-enredo para as escolas Rosas de Ouro, Peruche e Unidos da Vila Maria.Toniquinho é um dos integrantes da Embaixada do Samba Paulistano, fundada em 1995 para preservar o carnaval da cidade. A Embaixada assumiu a indicação dos cidadão e cidadã do samba de São Paulo. É formada por mais de 20 integrantes das velhas guardas. O repertório do CD da Embaixada, entre outros, registra Biografia do Samba (Talismã/Tabu), Meu Sabiá (Mestre Feijoada) e Lá Vem Ela (Fernando Penteado).Completa a primeira leva o grupo Tias Baianas Paulistas, idealizado por Valter Cardoso, em 1994, com integrantes da Nenê de Vila Matilde, Camisa Verde e Branco e Vai-Vai, para valorizar o papel das baianas nas agremiações. No CD, comparecem Grupo da Barra Funda (Dionísio Barbosa/Luiz Barbosa), O Nosso Coração É Claridade (Tabajara Rosa), entre outros.Em 2010 serão lançados os oito CDs restantes: Velha Guarda da Nenê de Vila Matilde; Ideval Anselmo e Zelão; Velha Guarda da Rosas de Ouro; Tio Mário; Velha Guarda do Vai-Vai; Denise Camargo; João Borba e Velha Guarda da Unidos de Vila Maria. Segundo Renato, "o resumo do projeto é uma frase de Plínio Marcos: "Um povo que não ama e não preserva suas formas de expressão mais autênticas jamais será um povo livre".
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Samba mulherão
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Para fomentar essa discussão, publicamos aqui matéria divulgada na Folha de S. Paulo de ontem, dia 8 de setembro, sobre a cantora Dhi Ribeiro. Além do preconceito dos autores com “cantoras de famílias endinheiradas” que “cantam aquele sambinha cool, bem comportado e masculino um tanto retrô que a mídia culta adora” (tema já discutido aqui, e que em nossa opinião o “azar é só deles”), notamos certa oposição ao perfil de Dhi.
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Assim como Alcione, a cantora assume o papel de mulherão e mostra que pode sim, falar de seus desejos e satisfações como qualquer bom sambista homem faz. A reportagem ainda faz comparação com as funkeiras, que falam sem pudor sobre as regras que os homens tem que seguir para conquistá-las. Se essa barreira já foi quebrada no “pancadão”, porque não poderia vir para o samba, uma cultura democrática? Existe algum impedimento de que as letras sejam mais ousadas? Ou será que só os homens podem listar as mulheres que já se relacionaram e o que mais os agradou em cada uma delas?
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- a seguir, reportagem da Folha de S. Paulo do dia 8 de setembro, publicada na Ilustrada.
Samba mulherão
Seguidora de Alcione, a estreante Dhi Ribeiro expõe voz feminina do samba e mostra afinidades com "cachorras" do funk
Carioca criada em Salvador e radicada em Brasília, Dhi Ribeiroacaba de lançar "Manual da Mulher", seu álbum de estreia
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MARCUS PRETO DA REPORTAGEM LOCAL
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A mulher em primeira pessoa. Não umazinha qualquer, mas a do tipo dominadora, que dita as regras que "seu homem" terá de seguir à risca se quiser continuar ali, desfrutando da felicidade de sua companhia. E que, em contrapartida, não tem o menor pudor em dividir com o mundo, letra por letra, todo o bem que ele faz por ela -principalmente na cama.Esses traços de personalidade não são muito diferentes dos que têm servido, nos últimos 20 anos, para descrever as devoradoras vozes femininas do funk carioca. Mas a moça aqui é outra. Um pouco mais recatada, fica no meio do caminho entre a "cachorra" funkeira e a fêmea de Chico Buarque.
Nascida em Nilópolis (RJ), criada em Salvador e radicada em Brasília, Dhi Ribeiro, 43, é o mais novo exemplar dessa espécie tão rara fora do universo do pancadão. Ela acaba de lançar "Manual da Mulher", seu álbum de estreia. Faz samba e tem Alcione como matriz.Talvez venha daí a abismal diferença entre ela e suas colegas de geração -Roberta Sá, Mariana Aydar ou Céu, por exemplo. Cantoras nascidas em famílias endinheiradas, bebem invariavelmente em fontes masculinas - e "cultas"- do samba: Paulinho da Viola, Cartola, Nelson Cavaquinho etc."Tento cantar minha história de vida", diz Dhi. "O samba está se elitizando muito, virando música de universitário -como foi a bossa nova. Quando era menina eu ouvia Agepê e amava. Por que agora a gente só pode ouvir Noel Rosa?""Esse filé maravilhoso que é meu bofe/ Quando me toca, a minha alma quase voa/ Meu menestrel diz que me ama em cada estrofe/ Quer sempre bis, me quer feliz, com a pele boa." Alguém imaginaria alguma das discípulas de Marisa Monte cantando versos como estes?Eles foram escritos por um homem, Paulinho Resende, 59 -o mesmo que vem abastecendo Alcione com material parecido desde pelo menos "Menino Sem Juízo", de 1979, e que já criou para ela verdadeiros clássicos do "samba mulherão", como "A Loba" e "Meu Ébano".O compositor ressalta o teor político que pode haver embaixo deles. "É uma espécie de um escudo, de autodefesa feminina", diz. "Apesar de estarmos em 2010, a mulher ainda é muito agredida -física e psicologicamente. Quando canta essas coisas, está revidando a isso."Não por acaso, também é dele a letra de "Eu Não Domino essa Paixão", samba que abre "Acesa", o novo álbum de Alcione.
Entre o samba e o tango, termina com os quase submissos versos: "Ele me confessou: depois de um botequim, de um chope, um futebol, um samba, enfim.../ Que o seu maior prazer é voltar pra mim". Como assim? O mulherão está manso?"Não. É uma submissão consentida", rebate Alcione. "Tenho que cantar para mulheres como eu as coisas que elas dizem para seus homens -ou, pelo menos, as coisas que gostariam de dizer. Ninguém teria coragem de cantar essas coisas há 30 anos." Nem têm hoje, ao menos em terreno sambista.
Quando foi entrevistada para essa reportagem, Alcione ainda não conhecia o trabalho de Dhi -sua primeira e, até agora, única discípula. Mas não se mostrou espantada com o fato de finalmente ter se tornado influência para a nova geração.Por que tanta demora para que isso acontecesse? "Essas meninas [as cantoras] são muito novas", disse. "Com o tempo vão se atrevendo a impor nossa vontade. Dizer que nós também temos querer, temos nossa maneira própria de amar. Sabe aquela frase que diz que é preciso endurecer, mas sem perder a ternura? É isso aí."
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Crítica
Novata escapa do "padrão Marisa Monte"
RODRIGO FAOUR ESPECIAL PARA A FOLHA
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Alcione fez escola. Ainda bem! Não deixa de ser um alívio, pois parece que quase todas as cantoras que aparecem na MPB de hoje são genéricas de Marisa Monte. Só cantam aquele sambinha cool, bem comportado e masculino um tanto retrô que a mídia culta adora, mas que não comunica bem, não convence. Dhi Ribeiro, assim como a Marrom, canta a alma sexy-suburbana da mulher do povo com direito a gírias gays, voz potente e sangue negro. Esse jogo de sedução, aliado à sua voz forte intuitiva, tem um pouco daquela "sujeira" que está faltando à MPB contemporânea e apesar de uma forçação de barra ou outra mais apelativa de algumas letras que canta, suas mensagens soam verdadeiras.
O problema é que esse personagem que Dhi encarna pode até convencer principalmente nas quatro primeiras faixas, mas vai se perdendo até chegar ao final do CD. Aí entram sambinhas que repisam aqueles velhos clichês do gênero. Seguem alguns exemplos deles: "Chora que chorar faz bem", "Marinheiro me diz o segredo: por que tu não tens medo do mar?". Outros: "De que me vale o poder se tens o dom de encantar", "Já não sei cantar, nem falar de amor/ Choro pra abafar a dor". E aí a gente fica sem saber em que time joga a Dhi. Não que ela tenha de encarnar apenas uma personagem, mas fato é que ela ainda não parece versátil o suficiente em transmitir mensagens tão díspares: ser a mulher poderosa e tigresa em algumas e a bem comportada sofredora resignada em outras ainda que, verdade seja dita, transformar um amontoado de clichês em emoção verdadeira também não é nem um pouco fácil.
Alcione até consegue, mas Alcione é hors concours. Talvez seja um problema de produção, arranjo, de tentar moldá-la no estilo dos discos da Marrom. Fato é que ainda lhe faltam nuances de interpretação. Às vezes a música pede suavidade, languidez, grito. E será mesmo que Dhi é uma sambista? Ou cantaria melhor outros gêneros também? Avaliando isso, ela terá mais chances de se tornar uma intérprete ainda mais interessante. Pelo menos, ela canta com o útero. Porque dessas cantoras novas que cantam sem uma gota de suor e são apáticas sexualmente ou do gênero "sapa-folk", desprovidas de glamour, ninguém agüenta mais.
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MANUAL DA MULHER
Artista: Dhi Ribeiro
Gravadora: Universal
Quanto: R$ 30, em média
Avaliação: regular
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RODRIGO FAOUR é pesquisador musical e autor do livro "História Sexual da MPB" (ed. Record)
* foto retirada do site samba-choro