Otávio Henrique de Oliveira, mais conhecido como Blecaute, foi um grande sambista dos carnavais das décadas de 40,50 e 60. Órfão de pai e mãe, nascido em 05 de dezembro de 1919, no Espírito Santo do Pinhal, São Paulo, foi trazido para a capital aos seis anos de idade, onde trabalhou como engraxate e entregador de jornais na avenida São João. Nas horas livres, aproveitava para batucar na caixa e compor algumas canções. Foi assim, que ele começou a desenvolver o gosto pelas batucadas.
Mas foi em 1941 que o cantor e compositor iniciou sua carreira, atuando na Rádio Difusora. Foi nessa época também, que Otávio Henrique de Oliveira recebeu o apelido Blecaute, pelo então Capitão Furtado.
Blecaute transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1942, onde gravou seu primeiro grande sucesso O Braguinha e foi contratado pela Rádio Tamoio, atuando ainda nas Rádios Mauá e Nacional. Foi com toda essa exposição nas rádio que Blecaute atingiu o sucesso e ficou conhecido como a estrela da Rádio Nacional.
Blecaute ficou conhecido pelas suas marchinhas de carnaval. Em cada uma delas, ele procurava descrever suas angústias e os problemas que enfrentava em uma sociedade preconceituosa – já que ele era negro – e onde só os “Doutores” se davam bem. Um dos exemplos disso é a música Chora, doutor, de J. Piedade, Orlando Guzzano e J. Campos.
Em entrevista para o documentário ‘Blacuate – Voltei porque fiquei com saudade’, Beth Carvalho o descreve como um sambista extraordinariamente original e com uma marca única “sorriso branco e enorme, onde ele chegava, ia logo abrindo o sorriso”. Beth também afirmou que depois dele as marchinhas de carnaval perderam a graça: “Não tem mais marchinha de carnaval e de salão como as dele, esse tempo ficou para trás”.
Dentre tantos LPs gravados por Blecaute, tem dois que marcaram sua trajetória, segundo alguns estudiosos que participaram do documentário, um deles é o Carnavália, resultado de uma turnê de shows realizadas a partir de 1968 na Boate Casa Grande, atual teatro do mesmo nome, na zona sul do Rio e do qual participaram Marlene e Nuno Roland, liderados pela cronista Eneida, que narrava a história do carnaval carioca. O outro é um LP que ele gravou em espanhol, com o objetivo da América toda poder ouvi-lo. Esse último apresenta canções de bolero, porque Blecaute acreditava que dessa forma seria mais simples para o público entender.
Blecaute faleceu em 09 de fevereiro de 1983, aos 63 anos e como muitos outros “morreu esquecido”, conta Beth Carvalho.
Mas foi em 1941 que o cantor e compositor iniciou sua carreira, atuando na Rádio Difusora. Foi nessa época também, que Otávio Henrique de Oliveira recebeu o apelido Blecaute, pelo então Capitão Furtado.
Blecaute transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1942, onde gravou seu primeiro grande sucesso O Braguinha e foi contratado pela Rádio Tamoio, atuando ainda nas Rádios Mauá e Nacional. Foi com toda essa exposição nas rádio que Blecaute atingiu o sucesso e ficou conhecido como a estrela da Rádio Nacional.
Blecaute ficou conhecido pelas suas marchinhas de carnaval. Em cada uma delas, ele procurava descrever suas angústias e os problemas que enfrentava em uma sociedade preconceituosa – já que ele era negro – e onde só os “Doutores” se davam bem. Um dos exemplos disso é a música Chora, doutor, de J. Piedade, Orlando Guzzano e J. Campos.
Em entrevista para o documentário ‘Blacuate – Voltei porque fiquei com saudade’, Beth Carvalho o descreve como um sambista extraordinariamente original e com uma marca única “sorriso branco e enorme, onde ele chegava, ia logo abrindo o sorriso”. Beth também afirmou que depois dele as marchinhas de carnaval perderam a graça: “Não tem mais marchinha de carnaval e de salão como as dele, esse tempo ficou para trás”.
Dentre tantos LPs gravados por Blecaute, tem dois que marcaram sua trajetória, segundo alguns estudiosos que participaram do documentário, um deles é o Carnavália, resultado de uma turnê de shows realizadas a partir de 1968 na Boate Casa Grande, atual teatro do mesmo nome, na zona sul do Rio e do qual participaram Marlene e Nuno Roland, liderados pela cronista Eneida, que narrava a história do carnaval carioca. O outro é um LP que ele gravou em espanhol, com o objetivo da América toda poder ouvi-lo. Esse último apresenta canções de bolero, porque Blecaute acreditava que dessa forma seria mais simples para o público entender.
Blecaute faleceu em 09 de fevereiro de 1983, aos 63 anos e como muitos outros “morreu esquecido”, conta Beth Carvalho.
(Chora doutor)
Chora doutor
Chora doutor
Chora
Eu sei que o medo
De ficar pobre
Lhe apavora.
O senhor tem palacete
Pra morar
Mais eu tenho
Um barracão e um amor.
Ai,ai,ai, doutor
Eu só não quero
Ter a vida do senhor.
Bacana o blog... coloquei um link lá no Vermute.
ResponderExcluirAbs