Ontem, dia 19 de maio, estivemos no Ó do Borogodó com Dona Inah. Sambista paulistana desde a década de 50, Dona Inah, aos 74 anos, acaba de lançar seu segundo álbum “Olha Quem Chega”, no qual gravou apenas composições de Eduardo Gudin, sambista também paulistano, que segundo a cantora “é uma referência como compositor, além de ser uma pessoa admirável”.
Questionada sobre o samba paulistano e o carioca, Dona Inah foi sucinta na resposta “Aqui tem muito mais chorão do que samba, mas o samba sempre existiu em todos os Estados, só muda a forma”. A paulistana também explicou que os desamores e as desilusões da vida ajudaram o samba a crescer. “Os compositores competiam entre si para ver quem explicava melhor o momento triste, isso resultava em boas letras e em novas batucadas”.
Dona Inah, diferente do que muito se ouve, disse nunca sentir resistência no samba por ser mulher. “Sempre fiz ótimas parcerias tanto com compositores daqui quanto com os cariocas, fiquei afastada do samba porque trabalhava a noite”.
A cantora acredita que o samba nunca vai acabar, pois novos nomes estão surgindo, em estilos diversos, mas com o intuito de expandir esse universo das batucadas. “Hoje tem muitas mulheres no samba e acredito que elas precisam lutar bastante para conquistar o público, porém já vejo que muitas delas vão perpetuar o samba antigo, o samba de raiz”. Dona Inah também elogiou o talento de Mariana Aydar, um novo nome do samba paulista, e afirmou que ela certamente será um mulher do samba.
Com o lançamento do segundo álbum, Dona Inah fez uma turnê pela Europa, onde foi muito bem recebida. “Apesar deles não entenderem as letras, gostam de samba, porque querem dançar, o ritmo contagia eles”. Cheia de charme e timidez, ao perguntarmos sobre composições próprias, a paulistana nos revelou um segredo e talvez um grande desejo. “Tenho algumas composições sim, mas nunca cantei, tenho vergonha, quem sabe um dia gravo um cd só com as minhas canções. Por enquanto, interpreto as pessoas que admiro, como o Gudin”.
Encerramos o nosso bate-papo, porque a platéia, que lotava as mesas expostas na casa, estava ansiosa para ouvir a estrela da noite. Quem quiser conferir essa simpatia, ela está presente todas as terças-feiras, às 22h30, no Ó do Borogodó.
Serviço:
Ó do Borogodó
R. Horácio Lane, 21 – Pinheiros – Oeste. Telefone: (11) 3814-4087
Aceita os cartões Master e Visa. Ingresso: R$ 15.
Questionada sobre o samba paulistano e o carioca, Dona Inah foi sucinta na resposta “Aqui tem muito mais chorão do que samba, mas o samba sempre existiu em todos os Estados, só muda a forma”. A paulistana também explicou que os desamores e as desilusões da vida ajudaram o samba a crescer. “Os compositores competiam entre si para ver quem explicava melhor o momento triste, isso resultava em boas letras e em novas batucadas”.
Dona Inah, diferente do que muito se ouve, disse nunca sentir resistência no samba por ser mulher. “Sempre fiz ótimas parcerias tanto com compositores daqui quanto com os cariocas, fiquei afastada do samba porque trabalhava a noite”.
A cantora acredita que o samba nunca vai acabar, pois novos nomes estão surgindo, em estilos diversos, mas com o intuito de expandir esse universo das batucadas. “Hoje tem muitas mulheres no samba e acredito que elas precisam lutar bastante para conquistar o público, porém já vejo que muitas delas vão perpetuar o samba antigo, o samba de raiz”. Dona Inah também elogiou o talento de Mariana Aydar, um novo nome do samba paulista, e afirmou que ela certamente será um mulher do samba.
Com o lançamento do segundo álbum, Dona Inah fez uma turnê pela Europa, onde foi muito bem recebida. “Apesar deles não entenderem as letras, gostam de samba, porque querem dançar, o ritmo contagia eles”. Cheia de charme e timidez, ao perguntarmos sobre composições próprias, a paulistana nos revelou um segredo e talvez um grande desejo. “Tenho algumas composições sim, mas nunca cantei, tenho vergonha, quem sabe um dia gravo um cd só com as minhas canções. Por enquanto, interpreto as pessoas que admiro, como o Gudin”.
Encerramos o nosso bate-papo, porque a platéia, que lotava as mesas expostas na casa, estava ansiosa para ouvir a estrela da noite. Quem quiser conferir essa simpatia, ela está presente todas as terças-feiras, às 22h30, no Ó do Borogodó.
Serviço:
Ó do Borogodó
R. Horácio Lane, 21 – Pinheiros – Oeste. Telefone: (11) 3814-4087
Aceita os cartões Master e Visa. Ingresso: R$ 15.
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